• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Métodos Quantitativos em Contabilidade: A Contabilometria (10)

Contabilometria, não pode ser testada, comprovada ou refutada antes das experiências de campo.

Autor: Carlos Cesar D'ArienzoFonte: Administradores.com

Em complemento às observações de Cramer (1956), referentes aos modelos eminentemente matemáticos e análogos às proposições sobre Contabilometria, do Prof. Iudícibus (1982), CHAKRAVARTY argumenta:


"[...] a maneira usual de empregar o raciocínio matemático em Economia se faz através da construção de modelos matemáticos. Um modelo matemático é uma imagem idealizada do mundo real, em que as inter-relações entre as diferentes variáveis econômicas se representam com a ajuda do simbolismo matemático e o processo ordinário de dedução é substituído por operações matemáticas. (1959, p.9, apud Barbancho, 1970, p.29)"

As diretrizes e as teorias dão a direção e o sentido às variáveis imprevisíveis ou não incorporadas à formulação de proposições para a solução do problema, e nos estudos científicos e técnicos, devem ser objeto (variáveis) de análise e avaliação do intelecto de cada profissional das Ciências Contábeis, sem o que a formulação de conceitos baseados nas técnicas de raciocínio lógico, que suportam a Contabilometria, não pode ser testada, comprovada ou refutada antes das experiências de campo.

A experiência de campo (expertise) é de fundamental importância para o entendimento do ambiente econômico, que não se traduz ou pode ser explicado apenas por acontecimentos estritamente econômicos, mas envolvem variáveis de ordem política, social, institucional e tecnológica. Sobre o ambiente econômico diverso e complexo, BARRE faz as seguintes considerações:

"O meio dos sujeitos econômicos não é imutável nem indeformável. É, em parte, rígido, seja porque as unidades econômicas não podem modificá-lo, nessa parte, ou porque acreditam não poder fazê-lo, e, em parte, plástico, ou melhor, suscetível de ser alterado, nessa outra parte, por uma ação qualquer. As decisões dos agentes econômicos não são apenas marginais; quando alteram um plano de emprego e provocam modificações radicais no volume dos bens e na estrutura dos planos, temos que lidar com decisões estruturais, que não podem ser reconstruídas fora de tempo, pelo processo marginal, porque constituem riscos sobre estruturas novas. (1964, p.157)"

Todavia, o estudo empírico e os modelos de pesquisas científicas conseguem superar essa dificuldade. A solução (ou soluções) por ser extremamente complexa, poderá não estar determinada em apenas uma Teoria. É possível desenvolver ou adotar Teorias e Hipóteses distintas para o mesmo fenômeno contábil e, mesmo assim, isso não impedirá a solução dos problemas estudados. Em conformidade com Iudícibus (1982, p.45):

"É notório que métodos quantitativos, principalmente Matemática e Estatística, são instrumentos da Econometria (e da Contabilometria, se esta realmente existir) o que leva, muitas, vezes, a considerarmos as duas abordagens como praticamente a mesma coisa. Entretanto, Econometria (Contabilometria) teria um sentido mais rigoroso, de tentar sempre aliar a boa teoria às técnicas de inferência, analisando com cuidado e inteligência os resultados. Apenas para dar um exemplo, qualquer matemático ou estatístico de custos com variação de demanda.No entanto, somente um economista, com conhecimentos de métodos quantitativos (auxiliado por um matemático ou estatístico) poderá extrair toda a inferência e avaliar o grau de aplicabilidade do modelo para a previsão de comportamentos de custos, pois ele dispõe de todo o conhecimento de economia necessário para isso."

Os modelos servem para mostrar aos pesquisadores e profissionais de campo, as múltiformas de combinações de recursos diversos, sendo assim, simulações (ou jogos) são realizadas. Simulação (de sistemas), segundo Andrade (2000, p.163) é definida:

"É a operação de um modelo que representa esse sistema, geralmente em computadores, respeitando todas as regras e condições reais a que o sistema está submetido. O modelo permite manipulações que seriam inviáveis no sistema real que ele representa, devido ao custo ou à impossibilidade de realizá-las."

As diferentes sociedades ao longo dos tempos utilizaram modelos explicativos das realidades e realizaram simulações com esses modelos, buscando explicações de como poupar ou otimizar recursos, inclusive recursos humanos e a melhor disposição da variável tempo, expõe ANDRADE:

"A simulação sempre foi usada pela humanidade como forma de representar os processos relativos aos sistemas onde as pessoas viviam. Nesse caso estão as esculturas, pinturas e todas as formas de representação de idéias. Nas Ciências, a utilização de modelos é uma atividade corriqueira, dede os modelos em escala reduzida (barragens, topografia, edificações etc.) modelos de aviões para estudo de aerodinâmica e modelos analíticos de processos físicos e mentais. (2000, p.163)"

Note-se, pois, que os modelos são lógicos ou matemáticos, aplicados a problemas de Administração e Contabilidade, são elementos de um mesmo pensamento. Os problemas observados envolvem uma ou mais variáveis que têm características probabilísticas e que, por isso, não podem ser determinados com certeza (propensão à incerteza) como por exemplo, renda de consumidores e oferta de produtores, tempos de produção etc. Andrade (2000, p.163) discorre sobre as razões para se usar a simulação envolvendo modelos explicativos nos campos da Administração e Contabilidade:

"Pode ser impossível ou muito oneroso observar diretamente certos processos no mundo real. Por exemplo, o estudo de sincronização de sinais de trânsito de certa via poderia ser realizado experimentalmente, ajustando sucessivamente os semáforos e verificando as consequências em termos de congestionamento, acidentes etc. É evidente que esse processo não pode ser implementado na prática, e a alternativa é criar modelos das situações reais (número e características das vias, intensidade e tipo do trânsito etc.) para testes em computadores. O sistema observado pode ser tão complexo a ponto de tornar-se impossível descrevê-lo em termos de um conjunto de equações matemáticas de solução analítica viável. Por exemplo, a representação global de uma grande empresa, envolvendo múltiplas atividades, como produção, vendas, marketing, planejamento e muitos órgãos, como departamentos e divisões.O outro exemplo são os sistemas de estoques em série e em paralelo que devem ser estudados de forma a se ter uma política de operação com mínimo custo. Mesmo sendo possível desenvolver um modelo matemático do sistema em foco, a sua solução pode ser muito trabalhosa e pouco flexível. Um exemplo disso é um sistema de filas, com múltiplos canais e com as características de atendimento e de chegadas de clientes definidas por distribuições pouco conhecidas."

Não é, pois, a falta de domínio das variáveis ou da restrição da quantidade necessária para a realização e conclusão de um fato ou fenômeno que pode negar o conhecimento científico ou a utilização prática da Contabilometria como suporte à tomada de decisões por parte do profissional de Contabilidade.