• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Inovação, a saída para a crise

A economia brasileira continua a despertar admiração nos mais diferentes segmentos em todo o mundo.

Fonte: Jornal do BrasilTags: crise

Marcelo D’Angelo

A economia brasileira continua a despertar admiração nos mais diferentes segmentos em todo o mundo. Na XII MIT Latin Conference Oportunidades em tempos de adversidade, realizada no sábado passado em Cambridge, Massachussets, nos Estados Unidos, não foi diferente. Mas o principal palestrante deixou um alerta incômodo para o país. Nicholas Negroponte, fundador do renomado MidiaLab do Massachusetts Institute of Technology (MIT), disse que se decepcionou com o abandono do projeto Um laptop para cada criiança pelo governo brasileiro.

 - O lançamento do projeto foi animador. Ainda tenho a foto do presidente Lula segurando o computador desenvolvido especialmente para o programa - lamentou o professor licenciado do MIT,hoje presidente da Fundação One Laptop per Child.

 Promovido pelo MIT Sloan School of Management, uma das melhores escolas de negócios do mundo, em parceria com a Gazeta Mercantil e o Jornal do Brasil, o evento na 12ª edição assume caráter tradicional e atrai a presença de quase 500 participantes, dentre os quais, estudantes, acadêmicos, professores, executivos e empresários.

Além de Nicholas Negroponte, destacaram-se autoridades e empreendedores como Wilmer Ruperti, presidente da Maroil Trading; Guilherme Loureiro, CEO da Unilever México; Gesner Oliveira, presidente da Sabesp; Frederico Renzo Grayeb, vice-presidente da Novo Nordisk na América Latina; Luis Fernando Andrade. diretor da McKinsey & Co.; Mario Saade, cônsul-geral do Brasil em Boston; Rodrigo Teijeiro, fundador e CEO do Sônico; Nelson Narciso, diretor da ANP; Luiz Curi, diretor do SEB-COC; Antonio Roberto Cortes, CEO da Volkswagen Caminhões e Ônibus; Marcos Troyjo, CEO da Companhia Brasileira de Multimídia (CBM); Marcello Hallake, sócio do Escritório Thomspon & Knight LLP.

 Os debates e painéis foram guiados por quatro perguntas fundamentais: como a América Latina está respondendo à crise econômica? O setor de energia está preparado para a nova onda de investimentos? Quais modelos de negócios se coadunam melhor com a região? Quais as novas tendências em Empreendedorismo e Venture capital?

 De maneira geral, as exposições reforçaram a revolução que a tecnologia, especialmente a internet, tem espalhado não só no mundo dos negócios e setores produtivos, como também nas esferas jurídica e política, passando pelo comportamento profissional e conceitos filosóficos da civilização ocidental. A chegada da crise financeira mundial empurrou ainda mais, na opinião da maioria dos palestrantes, o mundo corporativo para os caminhos da criatividade e inovação.

 Gesner de Oliveira, presidente da Sabesp, apresentou no painel sobre sistemas financeiros da América Latina e base sólida para o crescimento econômico o plano de atuação estratégica da empresa nos últimos anos. Desde de 2008 a companhia estatal paulista dobrou o nível de investimento a cada ano e prevê aplicar cerca de R$ 6 bilhões até 2010.

 - Estamos avançando rápido para a universalização e ampliação de nossas fronteiras de atuação. Já estamos trabalhando na Paraíba, Alagoas, Espírito Santo e Rio Grande do Sul e não vamos parar por aí", afirmou Oliveira.

 

Austeridade, a velha lição para novos e atuais problemas

 A importância de recuperar regras básicas e simples também ganhou destaque. Marcos Trayjo, CEO da CBM, lembrou a máxima que Tião Maia, empreendedor brasileiro e megapecuarista na Austrália, proferiu a universitários em palestra em Belo Horizonte anos atrás. Quando assumiu o microfone, o bilionário foi curto e grosso: "O modelo de negócio que recomendo é o seguinte: gaste menos do que você ganha".

 Tião, como gostava de ser chamado, agradeceu assim a oportunidade. Não há notícia de que Negroponte conheça Tião Maia, mas a lógica do projeto que lidera em todo mundo em benefício das crianças do planeta nasce da mesma matriz simples e objetiva.

 Quando levantou a bandeira, o incansável professor do MIT ouviu de Michael Dell, um dos maiores fabricantes de computadores do mundo, que o projeto era impossível. De Bill Gates, o fundador da Microsoft, que era loucura. Desde 2005 já foram entregues mais de 800 mil laptops para crianças pobres em 31 países. Mais 1 milhão de laptops estão a caminho.

 Não há dúvida de que o objetivo de colocar um laptop para cada criança, qualquer criança, em todo o mundo ainda está longe de ser alcançado, mas o avanço conseguido não é desprezível. É uma pena que o Brasil tenha escolhido a companhia de Gates e Dell, e não a de Negroponte.