• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Preço do álcool sobe 8,74% em um mês

Uso da cana para produção de açúcar levou à alta, de até 13,86% em SP.

Fonte: Diário do Comércio

O preço do álcool disparou nos postos brasileiros. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro do combustível era vendido, na semana passada, a R$ 1,592, em média, no País. O valor é 8,74% superior ao que estava nas bombas há um mês. Em São Paulo, a alta foi ainda maior: 13,86%, para um preço médio de R$ 1,486 por litro. De acordo com especialistas, o movimento foi acirrado pelas chuvas acima da média e pela alta da cotação internacional do açúcar.

A recuperação dos preços do álcool é natural nesta época do ano, lembra a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, Mirian Bacchi, já que as usinas já recuperaram o capital investido no início da safra e podem praticar preços menos competitivos. Mas, neste ano, as chuvas acima da média nas regiões canavieiras e a concorrência com o açúcar estão prejudicando a produção do combustível. 

O nível de chuvas acima da média prejudica a moagem da cana, aponta a pesquisadora. Segundo dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a moagem na segunda quinzena de setembro foi de 29,89 milhões de toneladas, 11,06% inferior ao do mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, a demanda cresceu 14,9% no mês, para 2,05 bilhões de litros, de acordo com a entidade.

Já as altas cotações do açúcar - provocadas por problemas de produção na Índia e na União Europeia - motivam algumas usinas a alterar seu mix de produção. Em setembro, a saca de 50 quilos do açúcar produzido em São Paulo chegou a R$ 57,18, maior valor desde que o Cepea começou a acompanhar o setor, em 1997. No início da safra, a Unica previa que 57,9% da produção seria destinada ao álcool. Até o fim de setembro, esse número estava em 56,3%. 

Dados do Cepea indicam que o preço do álcool hidratado nas usinas de São Paulo subiu 20,3% no último mês, atingindo os R$ 0,89 por litro na semana passada. No caso do anidro, que é misturado à gasolina, a alta foi de 21,53%, para R$ 1,03 por litro. O repasse às bombas se dá em menor intensidade, ressalta Mirian, porque há uma série de custos entre a usina e o posto, como salários de trabalhadores e fretes.

De acordo com a pesquisa da ANP, o preço de bomba do álcool em São Paulo já subiu 25,29% desde a mínima do ano, de R$ 1,186 por litro, atingida em junho. A média de preços de 2009, no entanto, ainda está abaixo dos praticados em 2008, diz a pesquisadora do Cepea.
Entre os motivos, está a redução excessiva verificada no início do ano, quando os produtores foram obrigados a desovar estoques a preços competitivos por causa de problemas de caixa provocados pela crise financeira.