• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Indústria começará 2011 em marcha lenta

Sondagem da FGV mostra queda no ritmo de contratações e perda de confiança

Autor: Márcia De ChiaraFonte: Estadão

O ano deve começar em marcha lenta para indústria, com perspectiva de queda no ritmo de contratação de trabalhadores para o período de novembro a janeiro, forte redução nas expectativas de negócios até abril e provável impacto negativo sobre o ritmo dos investimentos, revela a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador que sintetiza a expectativa dos industriais, caiu 1,1% em novembro na comparação com outubro, já descontadas as influências sazonais. O resultado se equipara ao registrado em agosto e é o menor desde novembro de 2009. Exceto nos bens de consumo duráveis e não duráveis, houve perda de confiança dos fabricantes de bens de capital, materiais de construção e bens intermediários em novembro na comparação com o mês anterior. De 14 segmentos pesquisados, só em três (alimentos, química e produtos farmacêuticos) a confiança cresceu no último mês. Nos demais houve retração, com destaque para indústria metalúrgica,

"Em termos históricos o nível da confiança dos empresários registrado em novembro não é baixo, não sinaliza uma recessão. Mas há um desaceleração em curso, que começa a impactar até o investimento com reflexos na indústria de bens de capital e materiais de construção", diz o superintendente de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo.

A queda do ICI registrada no mês passado foi influenciada especialmente pela retração no índice de expectativas. Em novembro o indicador recuou 1,9% na comparação com outubro, refletindo a retração de 3% do indicador do emprego previsto para três meses, de novembro a janeiro, e a queda na situação dos negócios para seis meses, de novembro a abril.

O indicador que mede a expectativa dos negócios em seis meses recuou 4,9% de outubro apara novembro, descontadas as influências sazonais. O único resultado que vai na contramão da desaceleração é o da produção prevista para o período novembro a janeiro, que aumentou 2,3%.

Campelo aponta alguns fatores que, combinados, podem ter afetado a confiança dos empresários. Um deles é o provável aperto fiscal que deve vir com o novo governo e a elevação da taxa de juros para conter o avanço da inflação, mas que acaba afetando o consumo e o investimento. "Provavelmente esses fatores deixaram os empresários em compasso de espera e houve um esfriamento nos ânimos."

Capacidade. Outro indicador da Sondagem da Indústria de Transformação, usada para elaborar o ICI, que reforça a tendência de moderação no desempenho do setor é o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci). O indicador que estava em 85,2% em outubro caiu para 84,5% em novembro, no resultado que desconta as influências sazonais. Segundo a pesquisa, esse é o menor nível de uso da capacidade da indústria desde março deste ano (84,3%). A pesquisa consultou 1.192 empresas que, juntas, faturaram no ano passado R$ 620,1 bilhões e empregam 1,2 milhões de pessoas.

Na análise de Campelo, a retração do uso da capacidade espelha dos movimentos. O primeiro é da maturação dos investimentos e a entrada e funcionamento de novas fábricas.

O segundo movimento é o grande volume de importações de manufaturados que concorrem com os produtos nacionais a preços mais competitivos por causa do câmbio favorável.

Apesar do real valorizado em relação ao dólar, o nível de demanda externa em novembro subiu pelo sétimo mês consecutivo. No mês passado, 13,3% das empresas exportadoras consideraram a demanda externa forte, 6,8% fraca e 79,9% normal.

Em outubro, 72,7% das empresas achavam que as exportações estavam normais, 14,9% fortes e 12,4% fracas. "A demanda externa vem ganhando força a cada mês", observa o economista.