• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Apesar da alta do juro, mercado prevê mais inflação

Estimativa do mercado para o IPCA em 2011 sobe pela sétima semana seguida e atinge 5,53%, informa a pesquisa Focus

Autor: Fernando NakagawaFonte: Estadão

O aumento do juro na semana passada não foi suficiente, pelo menos por enquanto, para reverter o pessimismo do mercado com a inflação.

Pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central mostra que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2011 subiu pela sétima semana seguida, de 5,42% para 5,53%. E, pela primeira vez após 121 semanas de números inalterados, a estimativa para a inflação em 2012 também subiu e já está em 4,54%. Entre analistas, ganha força a percepção de que o juro pode subir em ritmo mais forte para tentar conter a alta de preços.

Mesmo após a alta do juro na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) capitaneada por Alexandre Tombini, as previsões para a inflação continuaram a se deteriorar - exatamente como ocorre desde o fim do ano passado - e a aposta para o IPCA se afastou ainda mais do centro da meta de inflação. "Diante da piora das expectativas para o IPCA também no próximo ano, aumenta a probabilidade de alta da Selic de 0,75 ponto porcentual na próxima reunião do Copom", diz o economista-chefe do Banco J. Safra de Investimento, Cristiano Oliveira.

A primeira alta das previsões para a inflação em 2012 - após mais de dois anos de estimativas inalteradas - azedou o ambiente nos negócios. Diante da surpresa com a piora, as taxas no mercado de juros futuros apontaram para cima desde os primeiros negócios de ontem.

Demanda aquecida. Produtos como alimentos e petróleo têm aumentado de preço na esteira da recuperação das economias desenvolvidas, como os Estados Unidos e Europa. No Brasil, essa pressão vinda do exterior se soma à demanda aquecida que tem sido beneficiada pelo aumento do emprego e renda.

Além da chance crescente de um aperto mais forte no juro, Oliveira, do J. Safra, cita que também há espaço para que a equipe econômica anuncie novas "medidas macroprudenciais" nas próximas semanas. Essas ações também teriam como objetivo conter o ritmo da economia e das remarcações de preço.

O pessimismo quanto à inflação fica evidente quando a pesquisa divulgada ontem é comparada com levantamento feito um ano atrás. Na época, o mercado previa que o IPCA de 2010 ficaria em 4,60% (fechou em 5,91%). Agora, a previsão para o índice em 2011 está quase um ponto porcentual mais alta: em 5,53%.

Apesar da percepção de que o Copom pode ser mais agressivo no juro, os analistas ouvidos pela pesquisa Focus preferiram manter a estimativa de que a taxa Selic deve subir 0,50 ponto mais duas vezes: nas reuniões de março e abril, o que levaria o juro para 12,25%. Se ganhar força a análise de que será preciso ação mais forte, pode haver mudanças nas próximas semanas.