• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Bancos aumentam o crédito aos microempreendedores

Prova do crescimento do mercado é que o número de contratações desse tipo também aumentou.

Autor: Gisele TamamarFonte: Estadão

Considerado um democratizador do acesso ao crédito, o microcrédito está em franca expansão no País. As aplicações dos bancos voltadas para o microempreendedor saltaram 45%, de R$ 771,1 milhões em abril de 2010 para R$ 1,1 bilhão no mesmo mês deste ano, de acordo com dados do Banco Central (BC). Esta modalidade de crédito é voltada para o pequeno empreendimento informal ou para uma pequena empresa com faturamento anual de até R$ 240 mil. E as taxas de juros variam de 0,7% a 4% ao mês.


Prova do crescimento do mercado é que o número de contratações desse tipo também aumentou. Enquanto em abril do último ano foram contratados R$ 193,8 milhões, em abril passado foram R$ 255,4 milhões, uma alta de 31,8%. O valor médio de cada contrato é de R$ 1.439,36, com prazo médio de sete meses.
 
Além de facilitar o acesso ao crédito para pessoas que dificilmente teriam condições de conseguir um empréstimo bancário, o microcrédito tem outras duas características que o diferenciam do crédito tradicional. A primeira delas é a concessão assistida do dinheiro. Existe a figura do agente de crédito, que visita o local da atividade para fazer uma avaliação. O profissional também acompanhará a evolução do negócio.
 
A outra característica é a garantia. O pequeno empreendedor pode oferecer a garantia por meio de um avalista/fiador ou até mesmo por meio de grupos, onde as pessoas se comprometem solidariamente a pagar a dívida.
 
É o que ocorre no São Paulo Confia, banco de microcrédito da Prefeitura de São Paulo. São formados grupos de três a dez pessoas que se comprometem solidariamente a honrar os compromissos. "Um dos diferenciais do banco é conceder crédito para a pessoa iniciar um negócio mesmo se ela tem restrições cadastrais", destaca o presidente do Conselho Administrativo da instituição, Hugo Duarte.
 
E foi por intermédio do empréstimo do São Paulo Confia que a empreendedora Mislene Rosa Santana Bezerra, de 31 anos, conseguiu montar seu negócio, a Showcolates e Festas - empresa de doces e decoração de festas. O primeiro empréstimo foi há seis anos. Desde então, a já empresária recorreu ao banco 12 vezes, principalmente nas datas mais movimentadas, como a Páscoa. "O crédito possibilita o meu crescimento profissional. Consegui me formalizar há um ano e consigo comprar os produtos no atacado com o CNPJ."
 
Mas nem todas as instituições financeiras concedem o crédito para quem está com o nome sujo. Essa é uma das restrições citadas pelo consultor do Sebrae-SP, Luiz Ricardo Grecco. Já a grande vantagem do microcrédito é tornar o financiamento viável. Na opinião de Grecco, os bancos estão encarando as pequenas empresas com mais atenção nos últimos anos, e ampliando seus produtos.
 
O professor Ricardo Humberto Rocha, do Laboratório de Finanças (Labfin/FIA), destaca a ação social do microcrédito e o papel dos agentes. "Os empreendedores contam com orientação, que valoriza o trabalho do indivíduo e ajuda na profissionalização."
 
Uma outra opção para o pequeno empreendedor é o Banco do Povo Paulista, fundo de investimento de crédito produtivo do Estado. Só para Grande São Paulo, a instituição tem R$ 36 milhões para emprestar, sendo que até junho, já foram emprestados R$ 7,5 milhões a 1.960 pessoas. "O benefício do microcrédito é oferecer uma oportunidade de crescimento do negócio", conta o secretário adjunto do Emprego e Relações do Trabalho, Rogério Barreto.