• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Captação da poupança bate recorde em junho

Mesmo com a nova regra que reduz o rendimento das cadernetas, o poder de atração da poupança continua forte.

Autor: Fernando NakagawaFonte: EstadãoTags: empresariais

Apesar da mudança de regras que reduziu o rendimento, caderneta captou R$ 5,1 bi, melhor resultado para o mês de junho em 10 anos


Mesmo com a nova regra que reduz o rendimento das cadernetas, o poder de atração da poupança continua forte. Dados divulgados ontem pelo Banco Central mostram que, em junho, os depósitos superaram os saques em R$ 5,11 bilhões, melhor desempenho para o mês desde 2002.

Nos seis primeiros meses do ano, a poupança teve captação líquida positiva de R$ 14,85 bilhões, o melhor primeiro semestre desde 1994 e mais que o captado em todo o ano passado.

Anunciadas no início de maio, as novas regras da poupança atrelam o rendimento das contas ao juro básico da economia sempre que a Selic estiver em 8,5% ao ano ou menos.

Em 30 de maio, a taxa caiu exatamente para esse patamar, o que acionou o gatilho. Desde então, os novos depósitos já pagam a remuneração composta de 70% da Selic somada à Taxa Referencial (TR), o que corresponde a pouco mais de 0,48% ao mês. Aplicações antigas recebem juro maior: 0,5% ao mês mais a TR.

Mesmo assim, investidores colocaram mais dinheiro na poupança. Na comparação com junho de 2011, houve aumento de impressionantes 2.221%.

Mas a base de comparação é muito fraca. Naquele mês, as cadernetas atraíram apenas R$ 220 milhões.

"Havia muita expectativa pela mudança de regras e, quando a alteração foi anunciada, aparentemente houve certo alívio de investidores que temiam mudança mais radical", diz o professor de finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Mário Amigo.

Segundo o BC, um depósito novo feito em 1.º de junho rendeu 0,4828% no primeiro mês. Pela regra antiga, renderia exatos 0,50%.

Em uma caderneta de poupança com R$ 1.000, a diferença de juro no mês foi de R$ 0,17.

Alívio. No mercado, economistas dizem que esse aparente alívio dos clientes com a mudança destravou recursos que estavam parados à espera do anúncio das novas regras. A maior parcela desse "destravamento", porém, foi registrada nos dias seguintes à divulgação das mudanças, já que a captação líquida alcançou R$ 6,26 bilhões em maio.

O professor da Fipecafi explica que outro fator que tem atraído recursos é que, mesmo com a mudança, as cadernetas seguem competitivas. "Apesar da nova regra, a poupança é atrativa especialmente se comparada com fundos de baixo risco oferecidos nos bancos, como os DI."

Taxas de administração. Amigo explica que o "problema" são as taxas de administração. "Quando os fundos têm esse custo superior a 1%, a poupança é uma opção melhor, já que não tem essa taxa e não paga Imposto de Renda." Em grandes bancos, há fundos com até 3% de taxa de administração.

Um terceiro aspecto que pode estar por trás do aumento dos depósitos é o resultado do debate sobre a poupança nos últimos meses.

Após o anúncio das mudanças, a imprensa tratou fortemente do assunto e alguns economistas dizem que parte da sociedade ficou mais consciente sobre as diferenças de rentabilidade entre várias aplicações financeiras.

O maior conhecimento, dizem, pode ter aumentado a racionalidade na hora de decidir onde aplicar o dinheiro, o que pode ter beneficiado as cadernetas.