• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Dólar ignora melhora externa e sustenta R$ 2,08

Já no mercado futuro, o contrato de dólar para dezembro cedeu 0,16%, para R$ 2,085

Fonte: Valor Econômico

A trégua observada no cenário externo ontem foi incapaz de ofuscar no mercado doméstico as saídas de recursos, reforçando o debate sobre o patamar de câmbio com que o governo está disposto a trabalhar - se acima ou abaixo de R$ 2,10.

Depois de atravessar boa parte da segunda-feira em baixa ante o real, seguindo a tendência externa de apreciação das divisas de países exportadores, o dólar por aqui recuperou o fôlego para fechar estável, a R$ 2,082 - repetindo a maior cotação desde maio de 2009.

Já no mercado futuro, o contrato de dólar para dezembro cedeu 0,16%, para R$ 2,085.

Segundo operadores, o impacto das saídas de recursos ontem foi potencializado pelo menor volume de negócios, entre uma sessão espremida pelo feriado prolongado na semana passada e por outra parada, hoje, em São Paulo. Os profissionais de corretoras disseram que um sinal do fluxo negativo foi a alta do cupom cambial [taxa de juros em dólar] para janeiro de 2013.

O mercado segue debatendo se de fato houve uma mudança no patamar da banda cambial. Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor de política monetária do Banco Central e atual economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), partilha da visão de que o BC não só toleraria o dólar acima de R$ 2,10 como, no caso de uma piora acentuada nos mercados, conseguiria apenas minimizar um viés de apreciação da moeda americana.

"Só acho que ele vai intervir se o dólar disparar, se ultrapassar em muito a resistência de R$ 2,10, o que, se acontecer, deverá ser por uma deterioração no exterior", avalia Freitas. Para ele, o BC está numa "encruzilhada", uma vez que qualquer intervenção pode levar a moeda a testar os extremos da banda.

Já o estrategista da Votorantim Corretora, Rafael Espinoso, diz que ainda não consegue enxergar evidências claras de que o dólar tende a se sustentar nesse nível. Para ele, a combinação do fim do impasse relacionado ao programa fiscal americano com a retomada mais firme da atividade doméstica no próximo ano darão suporte às estimativas de dólar perto de R$ 2,00.

No mercado de juros, as taxas negociadas na BM&F cederam pela segunda sessão, influenciadas por dois fatores: revisões para baixo nas projeções feitas pelos agentes econômicos para indicadores de inflação e de atividade, conforme apurou o Boletim Focus do Banco Central; e a deflação registrada pelo Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), da Fundação Getulio Vargas, na segunda prévia de novembro.