• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

As pequenas perdem espaço no crédito

O cenário já havia sido previsto por especialistas no início do ano e se confirmou

Autor: Marcelle GutierrezFonte: Revista Incorporativa

O saldo das operações de crédito até R$ 100 mil registrou avanço de 8,9% até agosto deste ano, para R$ 168,923 bilhões, de acordo com dados do Banco Central. O avanço é inferior ao de outras faixas, o que, segundo especialistas, é explicado pela maior demanda de médias e grandes empresas ao crédito bancário e pela preferência das próprias instituições financeiras por este segmento, que possui menor risco de inadimplência. Na faixa de empréstimos entre R$ 100 mil e R$ 10 milhões, o crescimento foi de 13,5% ante agosto de 2011. Já em valores acima de R$ 10 milhões a expansão foi de 20,8%.

O cenário já havia sido previsto por especialistas no início do ano e se confirmou, inclusive com a maior participação de bancos públicos no crédito a micro e pequenas empresas, já que houve incentivos governamentais. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, destinará R$ 1,5 bilhão somente na linha de financiamento do 13º salário. 

O economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que a reduzida expansão econômica brasileira e o adverso cenário internacional prejudicaram a captação de recursos externos ou via mercado de capitais. “As médias e grandes empresas vieram para o mercado bancário doméstico e a corda estoura para o lado mais fraco [micro e pequenas companhias – MPEs]”.

Com a grande demanda por parte das companhias de maior porte, os bancos optaram por ofertar para este segmento. A rentabilidade em MPEs, contudo, segundo Rabi, é maior, mas o risco de atraso nos pagamentos é menor.  “Rentabiliza menos com as grandes empresas, mas os bancos preferem correr menos riscos nesse cenário adverso.”

O indicador da Serasa Experian sobre a demanda das empresas por crédito demonstra que a busca das grandes empresas por crédito elevou 15% de janeiro a outubro de 2012 contra o mesmo período de 2011. Nas médias companhias, a alta foi de 12,1%, e nas micro e pequenas, a demanda acumulou recuo de 5%.

Nesse cenário, os bancos públicos ganham espaço na oferta de empréstimos. Somente na linha de financiamento do 13º salário dos funcionários, a Caixa Econômica Federal disponibilizou R$ 1 bilhão em agosto. 

Roberto Derziê, diretor-executivo de pessoa jurídica da Caixa, revelou ao DCI que R$ 742,6 milhões foram concedidos até 31 de outubro. “Mas certamente vamos alocar mais R$ 500 milhões, além do R$ 1 bilhão inicial, até fevereiro.” O total de empresas atingidas foi de 61,052 mil com tíquete médio de R$ 12,1 mil. O volume demandado pelos clientes este ano foi 40% superior ao ano passado. “A questão da carência e da taxa foram atrativos que justificam o crescimento”, afirma. A linha de 13º do banco público possui carência de até seis meses para o pagamento da primeira parcela e taxas de juros que variam de 0,83% até 1,5% ao mês.

Segundo o diretor, a maior procura vem das micro e pequenas empresas. “Para o empresário, o final do ano, a partir de setembro, é o período de  formar estoque para as compras de final de ano, contratação de  pessoal e o momento de pagar o 13º salário.” 

O saldo da carteira de MPEs da Caixa totalizou R$ 27,08 bilhões até outubro de 2012. Do total, R$ 20,80 bilhões correspondem à carteira de capital de giro, com 509,480 mil contratos. A linha de 13º salário, que somou R$ 742,6 milhões até outubro, representa 4% do valor e 12% na quantidade de contratos do capital de giro.

No Banco do Brasil, a carteira de crédito para micro e pequenas empresas avançou 28,4%, para R$  80,001 bilhões  ao final do terceiro trimestre de 2012 na comparação com o mesmo período do ano passado. No Itaú Unibanco, o avanço na categoria, que inclui as médias empresas, foi de 1,1% em um ano, para R$ 89,448 bilhões. O Bradesco e o Santander acumularam avanço em suas carteiras para pequenas empresas de 13,3%, para R$ 111,1 bilhões, e 19,5%, para R$ 34,824 bilhões, respectivamente.