• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Uma proposta para tornar o mundo corporativo mais ágil

Movimento Stoos debate a gestão das empresas e propõe novidades como o fim do modelo atual de hierarquia.

Autor: Natália FlachFonte: Brasil EconômicoTags: empresariais

Em um treinamento de gestão, pede-se aos alunos que tracem uma estratégia para chegar ao alvo que vai ser colocado no meio da sala. Cada equipe tem que calcular o número de passos até o objetivo e os custos que o trajeto vai representar. Vence o grupo que fizer o caminho mais rápido e barato.

O problema é que de tão entretidos pelo desafio os participantes não percebem que o professor muda o alvo de lugar antes do início da disputa. A simulação não deixa de ser uma metáfora do que acontece no dia a dia das companhias.

"As empresas precisam ser mais ágeis às mudanças de mercado", afirma Manoel Pimentel, coach da Adaptworks, empresa de TI e de capacitação em gestão.

É nesse contexto de mudanças repentinas provocadas, em grande parte, pela crise financeira que surgiu um movimento que se propõe a discutir a gestão das companhias e criar possíveis alternativas.

Conhecido como Stoos, o movimento reuniu, em janeiro do ano passado, executivos, estrategistas de negócios, gestores e acadêmicos, na Suíça. Eles abordaram questões referentes à gestão e liderança nas organizações e desenvolvimento de pessoas.

Um dos frutos do evento foi o Stoos Network, uma rede que permite que as discussões continuem pela internet. Desde a criação do grupo, já foram realizados outros eventos, como o Stoos Stampede, em Amsterdam e em Phoenix, e o Less 2012 em Tallinn (Estônia).

"O Stoos abarca diversos conceitos que estão sendo estudados ou experimentados no mundo corporativo. Um deles é o da gestão 3.0", esclarece Pimentel.

De acordo com o especialista, a forma de liderança dentro das companhias foi sendo alterada com o passar do tempo. Na gestão 1.0, a estrutura era totalmente hierarquizada e esse modelo perdura até que aparecem os primeiros problemas de governança e de qualidade, por exemplo.

É, neste momento, em meados da década de 1990, que surge a gestão 2.0 que aceita uma certa abertura - em determinados casos - para tentar resolver os problemas, como o 5S.

"Nesses dois modelos, acreditava-se que era possível prever o que ia acontecer na organização e que os comportamentos poderiam ser repetidos. Mas são sistemas dinâmicos e muito mais complexos do que se imaginava", diz.

A gestão 3.0 (ou ágil) encara as organizações como redes, e não como hierarquias; e nessas redes as pessoas e seus relacionamentos devem estar no foco da gestão, mais do que os departamentos e seus lucros.

A visão é mais holística - leva em consideração sustentabilidade e bem-estar dos funcionários, por exemplo.

Entre as companhias brasileiras que estão à frente nesse movimento, estão a própria AdaptWorks e a Bluesoft, que faz gestão de supermercados. "Não ter hierarquia fixa e, sim, líder por projeto aumenta a motivação dos funcionários", aponta Pimentel.

Segundo o especialista, as mudanças acontecem pela dinâmica da rede e nem sempre começam de cima para baixo.

"Muitos funcionários procuram saber o que está acontecendo e acabam levando os conhecimentos para dentro das empresas."

Para Pimentel, as empresas brasileiras estão um estágio anterior quando comparadas às estrangeiras - principalmente europeias. É que, por aqui, ainda discute-se as formas de transição do modelo 2.0 para o 3.0, enquanto lá fora os debates são sobre as formas de propagar as mudanças.

"Também acho a cultura hierárquica mais enraizada no Brasil. Isso se dá até pelo fato de os universitários saírem das faculdades com essa mentalidade."