• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Como resolver conflitos internos no trabalho?

Conflito, quando é confronto de opiniões, é fundamental para a saúde do negócio e dos envolvidos

Autor: Luiz Alberto FerlaFonte: Revista Incorporativa
Uma pesquisa recente realizada na Grã-Bretanha mostra que as empresas devem incentivar a troca de ideias entre seus funcionários mesmo que isso leve a discussões acaloradas. O estudo foi organizado pela empresa de consultoria estratégica Cognosis com mais de mil empresários de diferentes setores de atividades. 
 
Essa conclusão confirma o que líderes, dirigentes e funcionários há muito já sabem: o conflito, quando é confronto de opiniões, é fundamental para a saúde do negócio e dos envolvidos. É combustível para a criatividade e a inovação. É o antídoto contra a inércia e a conformidade. Um dos desafios mais relevantes nas organizações é estimular a criação de ambientes de trabalho propícios ao diálogo permanente, ao debate, à aprendizagem, à geração e aplicação de novas ideias. 
 
Embora este pareça um discurso óbvio, encontrável em quaisquer publicações sobre a melhor forma de gerenciar negócios e liderar pessoas, a prática mostra que falar é mais fácil do que fazer. Confronto, debate e diálogo só são possíveis entre pessoas emancipadas. Para tanto é necessário, nas empresas, abandonar, em grande medida, o apego à hierarquia e a tudo o que ela representa. Acho pouco provável que as pessoas possam ser sinceras, confrontando ideias ou decisões de superiores. Isso envolve poder e, nas organizações, esse é um tema delicado. 
 
É preciso destacar que nós brasileiros somos muito suscetíveis a certos temas mais que a outros. Nas empresas, por exemplo, as pessoas são sensíveis à abordagem de temas como incompetência, erro, inabilidade, improdutividade, desonestidade, fracasso, perda de poder e status, remuneração, benefícios, reprovação por parte de colegas, clientes ou superiores. Há tendência à autocomiseração e medo de não ser amado e admirado. Então, se investe muita energia em autodefesa e em não perder a admiração ou a cumplicidade de outras pessoas. Daí a dificuldade com avaliação e feedback sinceros e bem aplicados - pelo menos frente a frente. 
 
Conflito deve ser criativo 
 
Talvez por tudo isso o conflito seja algo temido e não assumido. Daí a tendência de "varrer o conflito para debaixo do tapete". Talvez por isso tenhamos tanta dificuldade em resolver problemas de uma vez por todas. Os problemas ou conflitos, nas empresas, quase sempre são recorrentes. E mexem com as emoções e suscitam paixões - nem sempre edificantes. 
 
Criar condições favoráveis ao conflito criativo exige uma cultura organizacional baseada na isonomia, no diálogo e na confiança. E onde o poder seja compartilhado e a liderança inspiradora. O líder deve ser o primeiro a criar as condições nas quais o conflito é objeto de discussão por parte de seus liderados. Deve admitir em sua equipe pessoas emancipadas, em termos de competências técnicas, humanas e familiarizadas com o livre pensar, a livre expressão e com o agir responsável. 
 
Toda a literatura de administração é pródiga em listas de características de liderança e a cada nova publicação acrescentam-se mais atributos. O filósofo e economista Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, chamou a atenção para esse fenômeno, afirmando que não se está buscando líderes, mas, super-homens ou super mulheres - e estes não existem. Compartilho com ele a ideia de que líder é aquele que "consegue que as coisas certas sejam feitas"; aquele que "conhece seus pontos fortes e os emprega onde possa obter o melhor resultado possível" e que "possui caráter e integridade". 
 
Drucker assegura, a respeito do líder, "que é seu dever para com os seres humanos sobre os quais exerce autoridade ajudá-los a conseguir o máximo de toda a força de que eles disponham". Mais que estimular e mediar conflitos, um líder assim contribui para a resolução das discussões e gera benefícios para a sociedade, todos os dias.