• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Mercado prevê que Selic chegue a 10% ao ano

Se confirmada a previsão do mercado financeiro, citada ontem no boletim Focus do BC, será a primeira vez em 20 meses que a Selic atingirá a casa dos dois dígitos.

Autor: Pedro SouzaFonte: Diário do Grande ABC

O (Banco Central) começa hoje a reunião para decidir o futuro dos juros básicos do País. Se depender do mercado financeiro, amanhã à noite, quando os diretores da autoridade monetária revelam o veredicto, a Selic passará de 9,5% para 10% ao ano. Este é o último encontro de 2013 para decidir a taxa. Desta maneira, estima a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), a taxa média do custo dos empréstimos para os consumidores saltará de 5,56% ao mês para 5,60%.

Se confirmada a previsão do mercado financeiro, citada ontem no boletim Focus do BC, será a primeira vez em 20 meses que a Selic atingirá a casa dos dois dígitos. Em março de 2012, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC definiu que os juros básicos seriam reduzidos de 10,50% para 9,75% ao ano. “Na época, o governo federal queria acelerar um pouco a economia ou, no mínimo, mantê-la estável”, pontuou o professor de Macroeconomia e Cenários Econômicos da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) Silvio Paixão.

Hoje, a administração pública tem por objetivo principal, caso eleve a Selic, o controle inflacionário por meio de um ataque direto na demanda que, caso seja reduzida, com pelo menos a estabilidade da oferta, os preços tendem a se manter ou subir mais lentamente.

IMPACTO - Segundo estimativa feita pelo diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, a alta da Selic será repassada imediatamente nas taxas de juros aos consumidores.

Os juros do comércio, por exemplo, passariam de 4,19% para 4,23% ao mês, os do rotativo do cartão de crédito, de 9,37% para 9,41% ao mês, do cheque especial, de 7,89% para 7,93% ao mês e, de financiamentos de veículos, de 1,65% para 1,69%.

Oliveira destacou que a competição no SFN (Sistema Financeiro Nacional) é um dos fatores que vão controlar o acréscimo nas taxas. Na briga por mais demanda de operações de crédito, os bancos deverão repassar apenas o 0,5 ponto percentual da Selic, caso haja expansão.

O professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie Pedro Raffy Vartanian criticou, no entanto, o cenário atual. “Embora a Anefac preveja que haverá um repasse pequeno, os juros no País ainda são muito altos.”

Vartanian ressaltou que, enquanto a Selic está em 9,5% ao ano, cheques especiais e rotativos de cartões de crédito têm juros “gigantescos” perto da sua base. “O problema é que vários outros fatores contribuem para a formação do custo de crédito que chega ao consumidor. Por exemplo, a inadimplência”, explicou.

REAIS - Em simulação, Oliveira disse que uma geladeira no valor de R$ 1.500, com base nos juros atuais do comércio custa, em 12 parcelas e sem entrada, R$ 1.939,14. Com o possível incremento na Selic, o preço total saltaria para R$ 1.943,62, ou seja, alta de R$ 4,48. Em cada parcela de R$ 161,59 seriam acrescidos R$ 0,37.

No caso de um financiamento de veículo no valor de R$ 25 mil e em 60 parcelas sem entrada, o comprador pagaria hoje R$ 39.574,09. Com a Selic em 10% ao ano, o montante seria de R$ 39.974,88, expansão de R$ 400,80.

CASA DO NOVE - Para Paixão, mesmo com a previsão do mercado para 10% ao ano, o governo não deixará a Selic entrar na casa dos dois dígitos. Ele acredita que, mesmo com os esforços da União na tentativa de controlar a inflação, não há pressão dos preços tão forte a ponto de ser necessária uma alta de 0,5 ponto na taxa básica de juros. “O BC tem outros mecanismos para controlar os preços, como trabalhar com o câmbio, regulando a taxa no mercado aberto, ou mexer no compulsório.”

O governo tem um marco para mensurar se os preços estão controlados ou não. A meta de inflação é de 4,5% ao ano, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulava, em 12 meses encerrados em outubro, inflação de 5,84%.

http://www.dgabc.com.br/Noticia/496422/mercado-preve-que-selic-suba-para-10-ao-ano?referencia=minuto-a-minuto-topo