• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Parcerias aumentam oportunidades de negócios

Entre os principais, estão o planejamento, a qualificação e a capacidade de estabelecer relacionamentos cooperativos com outros negócios.

Pergunte aos empresários que você conhece os sonhos profissionais que eles possuem. Estou certo de que uma das respostas mais recorrentes será o crescimento da empresa no mercado. Acontece que o sucesso, diante de uma concorrência tão numerosa e de novas demandas dos consumidores, está condicionado a alguns fatores. Entre os principais, estão o planejamento, a qualificação e a capacidade de estabelecer relacionamentos cooperativos com outros negócios.

A cooperação é o fundamento de uma estratégia valiosa de mercado: o encadeamento produtivo, que une grandes e pequenas empresas de uma mesma cadeia de produção, com resultados positivos para todas as partes. É um caminho seguro para aumentar, por meio da qualificação de fornecedores, a competitividade na indústria, no comércio, nos serviços e no agronegócio do país.

A lógica do encadeamento se baseia principalmente na inovação, o grande diferencial de mercado e a nova agenda do século 21. Nenhuma grande empresa consegue ser inovadora e autossuficiente em todos os processos produtivos. Em algum momento, será mais interessante financeiramente delegar parte da produção a pequenos negócios.
Integração como essa só acontece por meio de compromisso coletivo com a qualidade de produção. É nesse ponto que o Sebrae atua, capacitando pequenos negócios para atender aos critérios de excelência das grandes empresas. Uma das frentes de atuação mais estratégicas nesse sentido é o programa Sebraetec, que reúne mais de 1.400 fornecedores de soluções de inovação e tecnologia aos pequenos negócios do país.

Com o Sebraetec, as micro e pequenas empresas têm acesso a consultorias customizadas, de acordo com as necessidades e a realidade de cada negócio. Os empreendedores são orientados a inovar para aperfeiçoar processos e produtos, o que aumenta a competitividade. Em 2013, o programa atendeu mais de 78 mil pequenos negócios, com 80% do valor das consultorias subsidiado pelo Sebrae.

O encadeamento produtivo tem que certificar e criar uma rede de fornecedores locais. No processo de capacitação que caracteriza esse projeto, todos os lados ganham. A grande empresa tem a segurança de que mais fornecedores terão condições de atender seus indicadores de qualidade. Os pequenos negócios, ao se capacitarem, tornam-se aptos a integrar a cadeia produtiva dos grandes e com base para ampliar a clientela, sem dependência de apenas uma grande empresa.
Temos, atualmente, no Sebrae 84 projetos nacionais para promover o encadeamento produtivo entre grandes e pequenas empresas. Essas parcerias beneficiam mais de 15 mil empresas e possuem expectativa de negócios da ordem de R$ 4 bilhões.

Uma das primeiras parcerias do Sebrae em encadeamento produtivo foi com a Petrobras, em 2004, para desenvolver fornecedores para uma cadeia produtiva de alto índice tecnológico, a de óleo e gás. Esse trabalho permitiu um aumento de mais de 80% no número de empresas fornecedoras cadastradas na Petrobras.

Para mostrar o alcance desse projeto, vou citar o caso de um pequeno negócio de Sergipe. A participação da CPF Parafusos no encadeamento produtivo revolucionou sua atuação no mercado. Antes, a empresa atuava apenas como pequeno comércio de parafusos. Com a capacitação que recebeu no projeto de encadeamento produtivo, transformou-se em fábrica, obteve certificação ISO 9001 e habilitou-se para fornecer peças aos projetos do pré-sal. Em 2013, foi uma das vencedoras do Prêmio Petrobras Melhores Fornecedores.

Imagine, então, o tanto de oportunidades que o caminho do encadeamento produtivo não viabiliza. Experiências como essa vão estar em debate no Fórum Encadear, que o Sebrae vai realizar nos dias 21 e 22 de maio, em São Paulo. Teremos a participação de pequenos negócios e de grandes companhias que investem nesse caminho, como Gerdau, Invepar, GE, Anfavea, M. Dias Branco e Aurora Alimentos.

O encadeamento produtivo é estratégico e precisa ser ampliado no país, mas para isso é necessário o compromisso de várias partes. Os empreendedores à frente dos pequenos negócios precisam ter a iniciativa de sempre investir em capacitação, o que os torna mais aptos a se associarem a grandes empresas. Os mais qualificados e inovadores serão aqueles com melhores resultados, maior potencial de clientes e de faturamento.

Cabe, também, às grandes empresas apoiar a inserção dos pequenos negócios nas cadeias de produção. Elas ganham com o maior número de fornecedores — e em território nacional, reduzindo a necessidade de recorrer a empresas estrangeiras para adquirir peças ou produtos específicos. Ao poder público, convém permitir um ambiente legal favorável para estimular o empreendedorismo, o que muito interessa à nossa macroeconomia.

Redução de custos, atendimento a prazo de entregas e a critérios de qualidade, ampliação do potencial de clientes, fornecedores e faturamento. A qual empresa não interessa obter esses resultados? A qualificação das cadeias produtivas garante ganhos não só para os empresários envolvidos, mas também para o mercado e para a economia do país. O encadeamento produtivo é prova disso.