• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Desistir de um negócio é também um ato empreendedor

Muitos empreendedores fixam a existência de suas empresas em escritórios bem montados e bem localizados, com computadores de última geração e cartões de visita envernizados.

 Muitos empreendedores fixam a existência de suas empresas em escritórios bem montados e bem localizados, com computadores de última geração e cartões de visita envernizados.

É da nossa natureza, por sabermos, intuitivamente, que qualquer organização é uma abstração. Só é viável pelo resultado das relações que cada um dos elos da cadeia produtiva (fornecedores, empregados e clientes) estabelecem entre si.

Por isso, nos convencemos que para manter a "empresa aberta" é necessário que sejamos hábeis em gerenciar os relacionamentos com a cadeia produtiva, instável e líquida, que nos sustenta.

O que nos obriga a participar de travessias inseguras todos os dias. Rumo a uma reunião que pode nos levar, quem sabe, a um acordo comercial. Que, por sua vez, pode nos aproximar de um contrato. Ou não.

Cada dia exige, portanto, fé e persistência. E apesar dos engarrafamentos, dos gastos com restaurante e estacionamento, o negócio que era quase garantido, se esvai. O contrato, prestes a ser assinado, é adiado. Os ganhos que nos manteriam de portas abertas por mais um mês ou um ano se transformam em perdas e frustrações.

É hora, pensamos, de aceitar o conselho daquele parente funcionário público, e desistir. Principalmente porque ele (ou ela) exala vitórias depois de décadas de empenho em empregos frutos de ótimos concursos públicos. A ponto de ter acumulado uma sobra que nos emprestou, a qual ainda não conseguimos pagar.

Seu parente pode estar certo e você errado. Mas antes de jogar a toalha definitivamente tente ganhar mais um dia ou dois. E invista parte dessas horas para incluir seus principais erros e derrotas no seu plano de negócios inicial.

É um excelente exercício. Pois ao incluir suas falhas e ter a ousadia de registrá-las com o propósito de começar tudo de novo, você perceberá todos os desdobramentos positivos, os enganos, acertos e as frustrações embutidas na sua aventura empreendedora.

Com esse exercício, que exige coragem e determinação, você terá produzido e dirigido um minidocumentário a respeito de sua própria organização. E, ao assisti-lo de fora, na solidão de suas noites, reavaliará, com neutralidade, as suas chances futuras.  Terá condições, então, de decidir, serenamente, se deve ou não fechar o negócio.

Porque tanto a decisão de fechar quanto de abrir uma empresa é um ato empreendedor. Requer serenidade para evitar que fiquemos presos para sempre a decisões adotadas, precipitadamente, nas travessias nebulosas.