• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Entraves jurídicos e tributários: desafios para empreendedores

Para não perder o investimento, essas empresas acabam optando pela transformação em S.A

Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), atualmente existem cerca de 10 mil empresas com características inovadoras e tecnológicas no país, e que chegam a faturar mais de R$ 1 bilhão. A escolha do tipo de sociedade empresarial é o primeiro passo para conseguir investimentos e colocar o projeto em andamento.

 Para a advogada mestre em direito societário e sócia do ZCBS Advogados, Beatriz Zancaner, apesar do aparato governamental para o crescimento do setor, os pequenos empreendedores brasileiros ainda encontram resistência para angariar investimentos de terceiros. "A escolha do tipo de sociedade e do regime tributário são as principais dificuldades", afirma.

 O regime da sociedade limitada, por exemplo, é formado por dois ou mais sócios e a responsabilidade de cada um é restrita ao valor de suas quotas. Porém, todos respondem solidariamente pela integralização do total do capital. O regime tributário nesse formato pode ser atrelado ao Super Simples, que unifica e facilita o recolhimento de tributos federais, estaduais e municipais.

 Beatriz Zancaner explica que a sociedade limitada costuma ser a opção mais visada pelos novos empresários. Porém, esses empreendedores sentem dificuldades no momento da procura por capital, já que a maioria dos investidores prefere o regime da sociedade anônima (S.A). "Muitos investidores se sentem mais seguros com o regime da S.A., porque a "Lei das S.A." oferece mais alternativas de formato para o investimento, como as debêntures, por exemplo. Outro ponto relevante é a tributação do investimento, já que há previsão legal expressa de que o ágio não é tributado nas sociedades anônimas”, diz.

 Para não perder o investimento, essas empresas acabam optando pela transformação em S.A., o que representa uma desvantagem para o empreendedor no momento de contabilizar os gastos adicionais. "A sociedade anônima não pode mais optar pelo Super Simples e por isso haverá um aumento significativo da carga tributária", alerta a advogada.

 De acordo com Beatriz Zancaner, que auxilia cerca de 15 startups atualmente, o aumento de obrigações acessórias com a transformação em sociedade anônima é outro fator oneroso. "A obrigação de publicar as atas de assembleia em jornais tem um custo alto, e as despesas rotineiras com contador também devem aumentar em razão da maior complexidade da tributação da empresa. Esse recurso que entra do investidor com objetivo de alavancar o projeto na verdade trará custos também e cabe ao investidor avaliar os benefícios efetivos da mudança", conclui a especialista.