• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Dólar tem maior valor desde agosto de 2004

Divisa ultrapassou os R$ 3,00, em meio ao risco de que a disputa política ameace a implementação do ajustes fiscal

A crise instalada entre Planalto e Congresso segue contaminando o humor dos mercados domésticos e levou o dólar à vista a ultrapassar os R$ 3,00 na sessão desta quinta-feira, em meio ao risco de que a disputa política ameace a implementação das medidas de ajustes fiscal propostas pelo governo. No exterior, o forte viés de alta para a moeda americana também contribuiu para a trajetória de valorização da divisa por aqui. Além disso, a atuação de especuladores influenciou o movimento da moeda americana, em uma tentativa de testar a disposição do Banco Central de intervir no mercado via leilões, com o objetivo de conter a disparada.

O dólar à vista terminou o dia em alta de 1,01%, aos R$ 3,009, o maior preço desde 13 de agosto de 2004 (R$ 3,021). Na mínima, ficou em R$ 2,979 (estável), enquanto na máxima, marcou R$ 3,021 (+1,41%). Nesses quatro dias úteis de março, a moeda já acumula valorização de 5,36% e, em 2015, sobe 13,33%.

No exterior, o euro caiu abaixo de US$ 1,10 pela primeira vez desde 5 de setembro de 2003, influenciado pelas expectativas com o início do programa de relaxamento quantitativo - conhecido como QE - do Banco Central Europeu (BCE). Nesta quinta-feira, Mario Draghi, presidente da instituição, afirmou que as compras de bônus soberanos terão início da próxima segunda-feira.

A crise instalada entre Planalto e Congresso ganhou um novo capítulo na primeira sessão da CPI da Petrobras. Isso porque a comissão é presidida por Hugo Motta (PMDB-PB), que é aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos nomes que vazaram da lista de Janot. Em represália, Cunha estaria por trás das medidas aprovadas na quinta durante a CPI, todas desfavoráveis ao PT e ao governo federal.

À tarde, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recebeu representantes da Standard & Poor's. Ele tentou convencer os integrantes da agência de que, apesar da falta de apoio da base aliada, a meta de superávit primário de 1,2% do PIB neste ano será entregue e que os riscos relacionados à Petrobras e ao abastecimento de energia estão controlados. Ainda em Brasília, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra cerca de 45 parlamentares com mandato.

Na esteira da disparada do dólar e em meio à continuidade da deterioração das expectativas dos investidores diante da tensão política, os juros futuros marcaram a quarta alta consecutiva. Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 (228.365 contratos) indicava 13,33%, ante 13,21% no ajuste de quarta-feira.

O cenário político continuou roubando a cena e imputando uma nova sessão de perdas à bolsa brasileira. A queda foi puxada, no entanto, por Vale, depois que a China reduziu sua meta de crescimento para este ano para cerca de 7% - um nível não visto desde 2004 e 0,5 ponto percentual abaixo do alvo para 2014, de 7,5% -, e o preço do minério despencou 4,5%. Vale ON recuou 4,36%, e a PNA, 4,08%. Petrobras conseguiu se segurar em alta - subiu 0,66% na ON e 0,76% na PN, assim como Gerdau, que marcou alta de 1,82% (PN), enquanto Metalúrgica Gerdau PN avançou 2,79%. O Ibovespa terminou o dia com perda de 0,20%, aos 50.365 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 5,108 bilhões.