• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Dólar muda de rumo e tem terceira queda seguida, cotado a R$ 3,21

Apesar de o Fed ter descartado a promessa de ser 'paciente' para elevar os juros, as estimativas de crescimento do PIB para 2015 e 2016 foram reduzidas

Após chegar a subir mais de 1,5% durante a sessão, o dólar reverteu a trajetória e fechou em queda pelo terceiro dia consecutivo, após o comunicado de política monetária do Federal Reserve levar investidores a apostar que os juros norte-americanos não devem começar a subir tão cedo quanto o esperado.

A moeda norte-americana caiu 0,52%, cotado a R$ 3,214 na venda, acumulando baixa de 1,07% nas últimas três sessões. Apesar de descartar a promessa de ser "paciente" para elevar os juros, o Fed reduziu suas estimativas de crescimento, juros e inflação para 2015 e 2016. Alguns operadores já esperavam que o banco central norte-americano adotasse uma postura mais cautelosa, com medo de impactos adversos da alta do dólar global e queda dos preços do petróleo.

"Foi um comunicado relativamente 'dovish', mas não tanto", disse o economista da 4Cast, Pedro Tuesta, que vê chance "muito menor" de o aperto monetário norte-americano ter início em junho. A manutenção de juros baixos nos EUA por mais tempo sustentaria a atratividade de ativos denominados em reais.

Mas, segundo Tuesta, o efeito do comunicado do Fed sobre o comportamento do real nas próximas sessões pode ser limitado. "Reduz a pressão, mas o real está em um mundo próprio. Há uma chance de o Banco Central anunciar o fim do programa de swaps cambiais e há a questão do ajuste fiscal", acrescentou.

Também por isso, a queda do dólar sobre o real foi menos expressiva do que o movimento em outros mercados de câmbio. O euro, por exemplo, subiu mais de 2 por cento em relação à divisa norte-americana, maior ganho diário desde julho de 2010.

Outro fator que limitou a queda do dólar à vista no Brasil foi um ajuste técnico. Na sessão passada, a moeda dos EUA recuou na reta final do pregão devido ao ingresso de investidores estrangeiros na bolsa, mas, após o fechamento, o dólar futuro reduziu a queda à medida que o impacto do fluxo se dissipou. Por isso, contrato para abril apresentou maior do que o dólar pronto nesta sessão.

No front doméstico, as preocupações com o quadro político e econômico do Brasil mantiveram os investidores cautelosos. O Congresso aprovou na noite passada o Orçamento Federal de 2015, com o maior valor já consignado na lei orçamentária para emendas individuais de deputados e senadores.

"Olhando pelo lado positivo, (a aprovação do Orçamento) parece ser uma trégua temporária nos atritos entre o Executivo e o Legislativo. Mas, é claro, isso não significa que os problemas acabaram", disse um operador de uma corretora nacional, que pediu para não ser identificado.

Pesquisa Datafolha mostrou que a avaliação ruim/péssima do governo da presidente Dilma Rousseff disparou para 62 por cento em março, na maior rejeição a um presidente desde Fernando Collor de Mello às véspera do impeachment em 1992.

A dúvida sobre a possível prorrogação do programa de intervenções diárias do BC no câmbio completou o quadro de incertezas. Nesta tarde, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a autoridade monetária ainda está por decidir o futuro da atuação, mas ressaltou que o atual programa já tem tamanho significativo. "Tudo sugere que o fim dos leilões diários já está no preço do dólar", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.