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Notícia

Perfeccionismo: Este Mal Ainda Pode Acabar com Você

Diz um ditado que o perfeito é inimigo do ótimo.

Diz um ditado que o perfeito é inimigo do ótimo. É uma frase sem sentido para o perfeccionista, que procura sempre a perfeição em tudo. Eternamente exigente consigo mesmo e com os outros, não consegue perceber que a perfeição é desejável, mas raramente necessária. É mestre em envolver-se com detalhes, muitos dos quais, de pouca importância; é capaz de ver um grão de pó numa xícara, e não notar um elefante caminhando ao seu lado, por estar excessivamente concentrado em limpar o minúsculo pó do utensílio. 

Claro que um certo grau de perfeccionismo não só é desejável como necessário, para não cair no extremo oposto do relaxamento negligente. Entretanto, é preciso bom senso e autodisciplina para não ultrapassar os limites da coerência. O perfeccionista é reconhecido por seu comportamento de busca compulsiva pela perfeição a todo instante e a qualquer custo, mesmo que isto signifique trazer problemas e dificuldades aos que estão a sua volta. 

Se você: 

- Acha que o seu modo de trabalhar é sempre o melhor jeito de fazer as coisas. 
- Controla cada detalhe do seu departamento ou setor. 
- Examina detalhadamente cada item antes de liberar o trabalho. 
- Tem coisas que só você, e ninguém mais, sabe fazer em seu setor. 
- É sempre muito exigente com os outros e com você mesmo. 
- Faz questão de que tudo saia sempre na máxima perfeição. 
- Revê sistematicamente o trabalho de seus subordinados ou colegas para ter certeza de que nada saia errado. 
- Implica com coisas mínimas porque saíram de modo diferente do que você queria. 
- Dedica muito tempo a corrigir falhas de pouca importância. 

Se você respondeu SIM a duas ou mais das situações acima, então você é um perfeccionista convicto, receita garantida de improdutividade, demoras, atrasos, retrabalho constante e muita (muita mesmo) irritação - sua e de quem convive com você -, seja no trabalho ou em casa. 

Além do mais, se você é exigente e complicado nas pequenas coisas provavelmente também tem um comportamento complicado em todas as outras. Se for assim, é candidato a ganhar a medalha de latão, pois além de perfeccionista é, provavelmente, pouco produtivo. 

Dicas para livrar-se ou, pelo menos, diminuir o perfeccionismo 

- Em vez da perfeição, contente-se com o ótimo, e às vezes, até mesmo o bom já é suficiente. 

- Não perca tempo corrigindo falhas sem importância, ou que sejam insignificantes no contexto geral. 

- Policie-se para não ficar “pegando no pé” dos outros por coisas sem importância. 

- Reconheça que nem todos tem o seu padrão de exigência e perfeccionismo, e não os cobre por isso. 

- Aceite trabalhos e tarefas dos outros que estejam no nível bom, dentro dos 
padrões requeridos pela empresa, mesmo que não estejam dentro do seu alto padrão de exigência. 

- Permita com que as pessoas executem tarefas e atividades do seu próprio jeito (não precisa ser sempre da sua maneira), desde que atinjam os mesmos resultados em termos de quantidade, qualidade, prazos etc. 

- Procure ser mais flexível e tolerante com eventuais erros seus e dos outros no trabalho e, em vez de irritar-se, corrija rapidamente a falha sem fazer disso um drama. 

- Aceite as diferenças de estilo e de ritmo de trabalho seus, e os das demais pessoas com quem você convive ou trabalha. 

- Procure ter senso de proporção, e trabalhe com rapidez sempre em cima das prioridades estabelecidas. 

- Policie-se para não se deixar levar por detalhes e pormenores irrelevantes que tomam tempo e pouco pesam no contexto geral.

Lembre-se, a busca da perfeição custa tempo, dinheiro e esforço (com muito retrabalho) que não compensam, pois o custo-benefício quase nunca justifica tanto empenho. Aprenda a contentar-se com o bom, na maioria dos casos.
Aquilo em que você focaliza sua atenção tenderá a expandir-se. Focalize nas picuinhas e pormenores e terá mais disso. Focalize sua atenção nas soluções e procedimentos eficazes e terá mais disso, isto é, seu trabalho se expandirá cada vez mais, e de forma produtiva. 

Texto extraído e condensado do livro “Quem Roubou o meu Tempo? de Ernesto Artur Berg, Juruá Editora. Para maiores detalhes sobre o livro acesse www.quebrandobarreiras.com.br seção de LIVROS, ou clique aqui.