• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Mulheres comentam diagnóstico do MTPS sobre as desigualdades no mercado de trabalho

No debate promovido nesta sexta-feira (11) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), durante lançamento do Programa Mulher Trabalhadora

No debate promovido nesta sexta-feira (11) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), durante lançamento do Programa Mulher Trabalhadora, mulheres representantes dos segmentos rural, de serviços, setor têxtil e trabalhadoras domésticas comentaram o diagnóstico sobre a inserção da mulher no mercado de trabalho brasileiro que consta na Pesquisa Mulheres e Trabalho: breve análise do período 2004-2014, divulgada hoje pelo MTPS em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O estudo considera os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta, entre outros indicadores, que apesar das mulheres terem ultrapassado pela primeira vez o patamar de 70% da renda dos trabalhadores, as mulheres negras são as que mais estão inseridas em relações precárias de trabalho e ainda recebem 60% a menos que os homens brancos.

Para Eleuza de Cássia, da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, as desigualdades na remuneração de homens e mulheres no mercado de trabalho reproduzem as desigualdades de gênero e raciais construídas no decorrer da história. Eleuza afirma que para as mulheres “a pior violência declarada é a da desigualdade salarial” e destaca que “é proibida por lei esta diferenciação já que somos iguais e temos os mesmo direitos”.

Além das disparidades salariais, a partir da pesquisa observa-se também que quatro em cada dez mulheres estão fora do mercado de trabalho, apesar dessas trabalhadoras inativas apresentarem níveis de escolarização mais elevados e de, assim como os homens, ainda estarem em idade produtiva (média de 52 anos de idade para elas e de 64 para eles).

Os dados sobre o trabalho doméstico, o remunerado e aquele desenvolvido dentro da própria casa, mereceram destaque na pesquisa. Este tipo de trabalho é a principal fonte de remuneração para 20 em cada 100 mulheres negras que, em sua maioria, dedicam ainda 25 horas semanais para o mesmo trabalho em seus próprios lares.

Creusa Maria Oliveira, representante das trabalhadoras domésticas, reafirmou a importância deste diagnóstico para aprofundar o conhecimento sobre a realidade da mulher negra trabalhadora e para aperfeiçoar políticas sociais que promovam mais igualdade de direitos. Um exemplo citado por Creusa é o eSocial, programa do governo federal que prevê e estimula a formalização das trabalhadoras domésticas. “Há 43 anos temos direito à carteira assinada mas até então não havia muita fiscalização. Em menos de um ano da lei [PEC das Domésticas] já temos mais de um milhão de mulheres inseridas no eSocial, com carteira assinada e garantindo a sua própria aposentadoria”.

Miguel Rossetto, ministro do Trabalho e Previdência Social, frisou que os dados da pesquisa confirmam as disparidades que ainda existem no mercado de trabalho e apontam sobre quem estão mais fortemente marcadas estas diferenças: nas mulheres negras. A partir deste diagnóstico, para uma mudança de cenário, Rossetto afirma que “é absoluta prioridade do ministério mudar esta realidade e trabalhar com políticas públicas, iniciativas claras, para construirmos na sociedade a igualdade de direitos, de reconhecimento e oportunidades entre homens e mulheres, brancos e negros”.

Na oportunidade do lançamento do Programa Mulher Trabalhadora, que a partir desta sexta-feira pretende aperfeiçoar as políticas públicas que promovam a igualdade, foi também assinado o termo de compromisso que formaliza a adesão da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do governo federal.