• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Inflação continua surpreendendo positivamente

A perspectiva para o ano é de que termine abaixo da meta oficial (4,5%) e próxima ao limite mínimo de tolerância desta meta (3,0%)

A perspectiva para o ano é de que termine abaixo da meta oficial (4,5%) e próxima ao limite mínimo de tolerância desta meta (3,0%)

Há um ano atrás, quando a nova equipe do Banco Central assumiu seus postos de comando, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), alcançava 9,5%, depois de haver chegado a dois dígitos em 2015.

A partir do segundo semestre do ano passado, passou a apresentar rápida desaceleração, fechando o mês de maio em apenas 3,6%.

A perspectiva para o ano é de que termine abaixo da meta oficial (4,5%) e próxima ao limite mínimo de tolerância desta meta (3,0%).

Parte deste resultado positivo se deve à queda das despesas, principalmente aquelas vinculadas ao consumo das famílias, que continua mostrando retração, embora cada vez menor, em decorrência principalmente do aumento do desemprego, da escassez de crédito e das taxas de juros ainda elevadas.

Ou seja, a menor inflação reflete o fato de que a economia ainda se encontra em recessão.

Outro fator que explica a menor alta do custo de vida é a safra recorde que, ao aumentar a oferta de produtos agrícolas, produz redução dos preços da alimentação, um dos itens mais importantes da cesta básica de consumo.

Contudo, a fraqueza da atividade econômica e os recordes de produção agrícola não são capazes por si só de explicar a desaceleração da inflação, que também é causada pela política monetária bem conduzida pela atual gestão do instituto emissor.

Esta soube ser prudente no início de seu mandato, promovendo reduções paulatinas da taxa básica (Selic), que passaram a intensificar-se na medida em que já se observava a tendência de queda, num contexto de ajuste fiscal e avanço das reformas.

Com isso, o “novo” Banco Central conseguiu recuperar a credibilidade em relação a seu compromisso de manter a inflação na meta, praticamente perdida no governo de Dilma Rousseff, o que foi fundamental para reduzir (“ancorar”) as expectativas de inflação, levando à uma menor disposição para reajustar preços e salários por parte de empresas e trabalhadores, realimentando a perda de intensidade dos aumentos de preços.

Nem mesmo a grave crise político-institucional, que passou a assolar o País após a delação da JBS, tem sido capaz, até o momento, de afetar a trajetória de redução da inflação, o que corroboraria o sucesso da política monetária atual, ao conseguir “descolar” a política da economia, mesmo sem que haja autonomia formal do Banco Central.

Esta trajetória é benéfica por dois lados, pois, em primeiro lugar, promove a recomposição do poder aquisitivo das famílias, precondição básica para aumentar o consumo, e, por outro, abre espaço para que a autoridade monetária possa continuar a reduzir a taxa Selic, fator essencial para viabilizar a retomada do crescimento econômico.