• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Liderar sob pressão: supere a sensação de sufoco para crescer

Durante muito tempo, o empreendedor não pensa em mais nada além do negócio — e isso pode causar alguns prejuízos lá na frente. Veja aqui o que fazer para lidar melhor com toda essa pressão.

Em minha atuação como coach, procuro sempre trabalhar um aspecto fundamental de qualquer pessoa: a evolução do “ser”. E esse trabalho tem tudo a ver com a forma como estamos programados mentalmente para funcionar, o que chamamos de mindset. Tenho a convicção de que, conforme vamos atualizando e aperfeiçoando o nosso mindset focando em nossos objetivos, obtemos melhores resultados — em quaisquer áreas de nossa vida.

Tenho plena convicção de que não adianta trabalharmos o lado profissional sem nos enxergarmos enquanto indivíduos. Pois nossos padrões mentais muitas vezes representam obstáculos ao desenvolvimento.

Cito um exemplo: quando me torno um líder, em tese, eu deveria desenvolver a habilidade de delegar. Mas na prática não é tão simples assim. Porque por trás do processo, do lado do ser, há um mindset formado por diversos padrões mentais, e nós operamos a partir deles. “De que padrões mentais você está falando, Fabio? Me dá um exemplo?” Bem, imagine que, quando você era jovem, ouvia sempre aquela máxima: “Se quer algo bem feito, faça você mesmo”.

Ora, é muito provável que esse padrão mental, que compõe seu mindset, contribua para um tipo de comportamento mais centralizador. Com essa programação mental, você terá dificuldades para delegar, porque acredita que o trabalho só será bem feito se você o fizer, e fará de tudo para que isso que você acredita se torne realidade.

Um problema crônico

Já que, aqui, pretendo abordar o sufoco e a pressão enfrentados por empreendedores, toda essa introdução tem uma razão: os padrões mentais respondem por grande parte da pressão diária. Uma pressão, aliás, que é extremamente difundida, pois os líderes sentem-se sufocados, pressionados por resultados insatisfatórios ou metas cada vez mais ousadas.

Antes de analisar as possíveis causas desse problema, quero estabelecer uma relação entre os executivos e os empreendedores. É fato que ambos tenham que executar, e executar muito: no entanto, o empreendedor tem uma visão mais a longo prazo, porque tem um sonho grande para realizar. E, em dado momento, passa a liderar um time que o ajuda nessa realização.

Quando começa o ciclo da pressão

A gênese do sufoco costuma estar lá nos primórdios do negócio. Afinal, no início, é natural que o foco do empreendedor esteja totalmente orientado ao business, a fazer a coisa acontecer. É ele quem chega primeiro e sai por último, ocupando-se de tudo o que é atividade, além de pensar na empresa 24 horas por dia, 7 dias por semana. Neste momento, a preocupação é maior com a gestão e com a realização, e não tanto com ele mesmo e com a liderança; o empreendedor só começará a se preocupar com seu desenvolvimento e com o desenvolvimento do time dali a alguns anos, quando o número de pessoas começa a aumentar e os problemas com elas começam a surgir. E é aí que o sufoco começa a ser sentido.

Porque, pense comigo: o negócio de alta escala que dá certo leva o empreendedor a crescer muito rapidamente, saindo, por exemplo, de cinco para mais de 200 pessoas na equipe em um curto período de tempo. A pressão torna-se inimaginável nesse momento, vinda de várias fontes: do investidor que quer ver retorno, dos colaboradores que dependem do negócio, dos clientes, do crescimento, das mudanças necessárias, e claro, do próprio empreendedor. Porque ninguém mais do que ele quer que o negócio dê certo, para sua própria realização e satisfação das pessoas ao redor.

Jogando com raça, mas…

É neste momento também que surgem os maiores medos que todo ser humano pode experimentar: o do fracasso e o da rejeição. Quando nos vemos ameaçados por um dos dois, nossa cabeça simplesmente não para de funcionar, de maquinar.

Para lutar contra esses medos, de forma inconsciente, sem perceber, começamos a centralizar ainda mais. Passamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance sem poupar esforços. E a pressão só aumenta, gerada pela própria intensidade dos pensamentos. Vemo-nos sufocados diariamente, sem falar nas noites de sono, que vão embora. Para usar uma metáfora futebolística, é como quando um atleta joga com muita raça, mas sem inteligência. Por mais que ele se entregue, o corpo e a mente têm um limite; câimbras e até lesões podem ocorrer. No caso do empreendedor, o estresse e o burnout viram uma ameaça real, e muitas vezes só são percebidos quando chegam a limites muito altos.

Hora de mudar a chave

Já falamos um bocado sobre os problemas e temos que nos concentrar em alternativas para resolvê-los; está na hora de mudar a chave para solução. A meu ver, a pressão se torna cada vez maior sobre o empreendedor por causa da falta de foco na atualização do mindset e do desenvolvimento do time para o crescimento e a realização desejados. Em um dado momento, ele percebe que a equipe não está redonda, está desentrosada, pois o crescimento aconteceu rapidamente. O líder só pôde olhar para os colaboradores quando os resultados exigiram.

Pelo que tenho observado, é só neste momento que o empreendedor passa a dar mais atenção ao time que formou. E aí descobre que o desentrosamento tem uma série de causas: ou não foram contratadas as pessoas certas, ou não há sinergia entre elas, ou ele mesmo não está sabendo desenvolver e extrair o máximo de potencial de seus colaboradores, ou ele mesmo como líder trava a própria equipe. No vídeo acima faço algumas perguntas que o empreendedor pode fazer para refletir e entender como melhorar a performance do time.

Saia na frente, evolua junto com o crescimento do negócio.

O que fazer? Bem, a sugestão passa, necessariamente, por aquilo que mencionei no início do texto: o desenvolvimento do ser. Isso implica olhar um pouco mais para si mesmo, mesmo quando o negócio exigir uma entrega profissional quase que irrestrita.

O que tenho visto são muitos empreendedores que recorrem a isso na hora em que as pessoas se tornam o gargalo. Minha dica é a de que o empreendedor comece a fazer um trabalho de autoconhecimento, de desenvolvimento de liderança, desde o início do negócio, para que tenham um crescimento sustentável.

Nem que a divisão seja de 99% para a empresa e 1% para o lado pessoal; o importante é que haja um cultivo de si para desenvolver novos mindsets e também um tempo dedicado a observar e conhecer as pessoas do seu time. Porque durante o crescimento da empresa vão surgir medos e dúvidas. E se você não conseguir entender e lidar melhor com o seu lado emocional, conhecer melhor como você funciona, como age e reage em determinadas situações, como funcionam os relacionamentos entre as pessoas e não evoluir seus mindsets, certamente você se tornará um gargalo para essa expansão.

E ninguém quer ser um gargalo para o crescimento da sua empresa, quer?