• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

É preciso ter controle emocional para empreender

Nem tudo é intuição. Em painel na Feira do Empreendedor, economistas explicam o lado racional que o empresário precisa ter na condução do negócio

É preciso ter motivação para entrar na academia mas principalmente para continuar frequentando. O mesmo vale para o empreendedorismo.”

Foi com essa afirmação que Samy Dana, economista, professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas e âncora do programa “Conta Corrente” da Globo News, abriu a palestra “Autoconhecimento como ferramentas para inovação” neste sábado (07/04), na Feira do Empreendedor 2018, que acontece de 07 a 10 de abril no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo.

A palestra mediada por Fernanda Pantoja, editora do Selo Objetiva da Companhia das Letras, também contou com a presença de Sérgio Almeida, professor do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP).

A economia também é a ciência que estuda como os seres humanos tomam decisões — em muitas das escolhas que fazemos, há influência da área. No livro “Pode ser o que não parece” (Objetiva/Companhia das Letras), os economistas tratam de questões como “Quem tem mais dinheiro é mais feliz?”, “Como as emoções afetam nossas decisões?” e “Por que nos importamos com a opinião dos outros?” que permeiam qualquer ser humano, inclusive o empreendedor.

Partindo desse princípio, aplicar a economia em diferentes áreas como o empreendedorismo é uma das metas de Samy Dana. “Nos últimos 20 anos, houve a revolução da tecnologia e com as redes sociais, muitas informações circulam diariamente. As pessoas têm mais contato com economia e estão querendo entender mais sobre a área. Os acadêmicos perceberam a necessidade de fazer essa ponte e integrá-la ao público. Essa é a proposta dos livros de autoconhecimento como o nosso: extrair informações de estudos acadêmicos para que pessoas como os empreendedores possam aplicar na prática”, diz o economista.

Para Sérgio Almeida, a aplicação da ciência pode ajudar o empreendedor ter mais sucesso seguindo quatro pilares.

1) Motivação intrínseca: o empreendedor precisa investir em uma área que goste para se manter motivado ao criar ou abrir um negócio.

2) Controle emocional: entenda suas limitações para não empreender baseado na emoção. Muitas empresas vão a falência depois de um ano porque confiam muito na intuição e não tomam a “pílula da humildade”.

3) Plano de negócios e estudo de mercado: para empreender é necessário planejamento. Entender as demandas do mercado, conhecer o ramo, os produtos e os serviços que pretende oferecer, bem como clientes, concorrentes e fornecedores em potencial e, principalmente, os pontos fortes e fracos do negócio.

4) Suporte especializado: depois de levantar dados e estruturar seu negócio, consulte especialistas periodicamente para aperfeiçoá-lo.

Samy Dana concorda com Almeida e ressalta com uma analogia: “Todo mundo sabe o que é preciso para fazer dieta. Mas a gente nem sempre consegue porque agimos de forma emocional. Nesse sentido, precisamos agir quando a irracionalidade está atrapalhando a nossa vida”.

Para o economista, o empreendedor precisa entender os gatilhos do cérebro e tomar decisões racionalmente para ser ter sucesso. “Não dá para exigir que sejamos 100% racionais afinal não somos robôs. Mas é preciso controle emocional para empreender”, afirma Samy Dana.

Nesse sentido, os economistas não recomendam misturar amizade com negócios. “Apesar de ser uma prática cultural no Brasil, o fator emocional pode prejudicar o sucesso do empreendimento”, diz Sérgio Almeida.