• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

O poder do propósito

O senso de propósito turbina as pessoas, maximiza o uso da energia humana por meio de causas que lhes alimentem a convicção de que podem mudar o mundo ou pelo menos a comunidade onde vivem com seu trabalho e engajamento

A escassez de líderes competentes é uma das maiores causas de vários problemas que nos afligem. Construir com clareza o propósito de uma empresa, de uma escola, da família ou de um País tornou-se uma poderosa alavanca para os líderes verdadeiramente inspiradores. As empresas vencedoras nessa nova época serão aquelas que souberem montar verdadeiras “comunidades de aprendizagem sobre liderança”. A sobrevivência – ou se preferir, a longevidade, a sustentabilidade a longo prazo das empresas – será diretamente proporcional à sua capacidade de desenvolver líderes de qualidade, além de oferecer produtos ou serviços de qualidade. Líderes eficazes, enfatizo, não apenas gerentes eficientes.

O verdadeiro líder que o momento exige não é necessariamente quem tem gente atrás de si, mas quem tem gente em torno de si. Esse é o “líder inspirador”, aquele ou aquela que constrói em conjunto com sua equipe o propósito da empresa, em vez de “simplesmente” comandá-la.

Uma espécie de “marco zero” do papel do líder é essa capacidade de construir um propósito comum, em vez de apenas oferecer empregos, tarefas ou metas. Esse tipo de líder fornece às pessoas aquilo que mais desejam: significado para suas vidas, uma bandeira, uma razão de existência. Acreditam que elas estão dispostas a dar o melhor de si e até a fazer sacrifícios, desde que se identifiquem com uma causa, um porquê para o seu cotidiano.

O Brasil se ressente da falta de um projeto para o País, capaz de unir as diferentes correntes em torno de algo maior, comum às ideologias que atualmente disputam a falsa primazia de uma única visão de mundo. Nossos líderes políticos deveriam se inspirar no exemplo de Nelson Mandela que empunhou como Propósito a bandeira da reconciliação nacional, freando as iniciativas dos mais radicais que desejavam estimular um apartheid às avessas.

Proponho uma reflexão sobre uma pergunta que poderá esclarecer o “Poder do Propósito”: Você prefere trabalhar numa empresa que fabrica e vende alimentos ou numa empresa que tem como propósito “propiciar bem estar e saúde para os que confiam na sua marca”? Propósito não é sinônimo de produto ou serviço. Tampouco é apenas uma meta desejada – por exemplo, “ser líder de mercado”. Esse enunciado é uma meta e não um propósito. Propósito tem a ver com a razão de existência de um negócio, aquilo que transcende o dia a dia, o job description, a tarefa, as metas.

Mas alerto: o propósito deve andar de mãos dadas com a auto liderança, pois nada disso funciona de forma sustentável no tempo, se o líder não for antes de tudo um líder eficaz de si mesmo. Quando a gente fala de liderança sempre pensa em liderar os outros. Precisamos começar a pensar em liderar a nós mesmos. O Líder Inspirador precisa ser líder da própria vida. E isso exige uma profunda percepção do seu propósito pessoal, das suas emoções, de pontos fortes e fracos, de seus impulsos, desejos e necessidades. Exige coerência entre o que diz e o que faz e requer elevado grau de Inteligência Emocional. Decifrar-se é o mais complexo dos desafios da liderança. Liderar-se talvez seja o verdadeiro enigma do líder inspirador.

Se construir e definir com clareza o propósito é uma poderosa alavanca para o sucesso de um Líder com L maiúsculo, fundamental e determinante é a convergência desse propósito com o propósito de vida do próprio líder e dos membros da sua equipe. Nessa convergência entre o propósito organizacional e o individual talvez resida uma das chaves do sucesso e da felicidade no Mundo Empresarial. Por essas razões, proponho que em vez de continuarmos chamando o presidente de uma empresa de CEO (Chief Executive Office), passemos a denominar esse cargo de CPO (Chief Purpose Officer).