• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Microempresários só veem melhora econômica com vacinação mais ágil

Levantamento realizado a pedido de Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo revela pessimismo e preocupação do setor produtivo. Além de medidas para combater a retração do consumo, categoria defende programas de crédito empresarial

Mais da metade das micro e pequenas indústrias está pessimista com relação a situação econômica do Brasil e do próprio negócio. Para 65% da categoria, a situação do país vai piorar enquanto todos os brasileiros não forem vacinados. Outros 27% acreditam que a situação ficará como está. Apenas 7% acham que o cenário vai melhorar.

Os dados integram o documento Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, resultado de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha. O levantamento foi realizado em março, a pedido a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi).

Em relação à situação econômica do próprio negócio, 54% dos entrevistados acreditam que fica como está. Para 25% dos empresários ouvidos, o cenário vai piorar enquanto a vacinação não avançar.

Vacinação lenta

Iniciado em janeiro, o programa de vacinação contra a covid cobriu pouco mais de 10% da população. Cerca da 25 milhões de brasileiros receberam a primeira dose da vacina. Segundo a pesquisa Simpi/Datafolha, para 74% das micro e pequenas indústrias, a vacinação no Brasil está mais lenta do que deveria. Para apenas 24% dos entrevistados, o cronograma está dentro do prazo esperado.

O presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, Joseph Couri, afirma que a lentidão no programa de imunização afeta diretamente a atividade produtiva. “Os empresários estão dizendo que só voltará a normalidade quando houver uma vacinação para toda a população", diz. “Isso (a imunização lenta) afeta todos, com o desemprego, vários contratos passam por redução de jornada e salário, e aí você tem uma perda de poder de compra”, acrescenta.

Um dos pontos avaliados na pesquisa é a inflação. Para 77% dos entrevistados, haverá alta nos próximos meses. Outros 18% creem que fica como está e apenas 4% preveem queda. Como consequência do aumento da inflação, para 80% dos micro e pequenos industriais, o poder de comprar vai diminuir. Para 13% fica como está, e 7% acham que vai aumentar.

Soluções inovadoras

Com cronograma instável e imprevisível para abertura e fechamento de estabelecimentos não essenciais durante a pandemia, todos os setores foram atingidos e muitos obrigados a suspender ou encerrar as atividades. Ainda de acordo com a pesquisa, 64% das micro e pequenas indústrias relatam muito prejuízo para seus negócios com o fechamento de estabelecimentos comerciais não essenciais. Outros 22% afirmam que o prejuízo foi pouco até o momento e apenas 14% avaliam que ainda não houve prejuízo.

A pesquisa mostra, ainda, uma expectativa em relação à perda do poder aquisitivo do brasileiro. Esse fator contribui para a redução do consumo e, junto com as restrições sanitárias, tende a provocar mais demissões. “Estamos num ciclo recessivo, que é preciso reverter. E a resposta está na aceleração do programa de imunização para restabelecer a normalidade de trabalho para as pessoas, na manutenção do auxílio emergencial e crédito para retomar o consumo", observa Joseph Couri.

Ele também defende ações específicas para a categoria. "São fundamentais medidas como o auxílio empresarial, com linhas de crédito e prorrogações tributárias para manter as empresas vivas. Temos de estimular a geração de emprego e o crescimento econômico. Estamos frente a problemas novos, portanto precisamos de soluções igualmente novas”, alega Couri.

* Estagiária sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza