• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Reforma tributária depende de solução para ICMS

A falta de regras para desonerações no setor produtivo também foi alvo de críticas.

Resolver o problema da guerra fiscal entre os estados para instituir a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de forma única é a prioridade para o País nos próximos anos, diante da necessidade de uma reforma tributária. A opinião é da advogada Betina Treiger Grupenmacher, pós-doutora em direito fiscal pela Universidade de Lisboa, que esteve essa semana em Londrina para ministrar palestra sobre o tema Justiça Fiscal e a Tributação sobre a Renda, na subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

Betina, que é professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET) no Estado, afirmou que algumas medidas foram adotadas nos últimos anos para a simplificação dos impostos, como a adoção do sistema Supersimples para micro e pequenas empresas. No entanto, disse que reduzir os custos envolvidos nas complicadas operações sobre o ICMS e reverter a regressividade na cobrança de tributos são os maiores desafios para os governantes que serão eleitos este mês. "Um ponto comum na fala de todos os candidatos à Presidência é que precisamos simplificar o sistema e diminuir a carga, mas ninguém explica como." 

Ela considerou necessário definir, por exemplo, se a cobrança do ICMS será na origem ou no destino do produto, ainda que considere que a opção de retenção já na indústria seja inconstitucional. "Mas muitos juristas e especialistas dizem que a tributação no destino levaria a alto índice de sonegação no Brasil." 

A falta de regras para desonerações no setor produtivo também foi alvo de críticas. Ela afirmou que, quando determinado setor paga menos impostos ao governo, a necessidade de recursos para cumprir o orçamento continua a mesma. "Alguém acaba tendo de pagar por isso e é a população com renda mais baixa", disse, ao lembrar que é esse o formato que leva à injustiça fiscal. 

Com até 70% da arrecadação no País oriunda da tributação sobre o consumo e 30%, sobre renda e propriedade, os trabalhadores de menor renda pagam mais em impostos do que os mais abastados, proporcionalmente ao salário que recebem. "Uma forma de diminuir a diferença seria municípios tornarem isentos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) os donos de moradias de baixo padrão, nos quais não há valorização", sugeriu. 

Betina citou, porém, que a tributação no País é excessiva. "Temos de buscar uma sustentabilidade para o sistema, porque também não adianta tributar demais as empresas de forma que sejam obrigadas a fechar", disse. 

Posse

O debate também serviu para marcar a posse da nova diretoria do Instituto de Direito Tributário de Londrina. Adriano Rodrigues Arriero assumiu como presidente, Maria de Fátima Ribeiro, como vice, Carlos Alberto Zanon é o novo tesoureiro e Cristian Rodrigues França, o secretário.